Se eu fosse luz a sério,
Era sem tempo e sem espaço, sem medo e sem traço,
Mas como sou luz falsa, deixo um brilho escasso,
Nas ruínas do meu império.
(A luz verdadeira nada deve à sombra)
Eu vou ser luz a sério, irreverente, pura,
E certamente, nessa altura, o espaço e o tempo não terão tempo nem espaço,
P'ra reter a amargura.