sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Castelos de Estrelas

Olho para cima; o manto negro que cobre o dia morto ergue-se alto, salpicado aqui e ali de gotas de luz. Projectada no céu, uma imagem de tudo o que sou agora e tudo o que posso ser no futuro - ou serei eu, cá em baixo, uma projecção passada e imperfeita de um ideal luminoso? Estou de mãos dadas com uma figura incandescente; os seus dedos são erupções solares que se entrelaçam nos meus. Estamos a construir castelos com as estrelas do céu; queremos aproveitar todas as que nos dão, que são infinitas. E é precisamente infinitas que devem ser, para nunca cessarmos de as colher.